quarta-feira, 25 de maio de 2011

Hishtapchus-Hanefesh - Expansão da Alma (Capítulos 15,16,17,18,19,20 & 21 - Os Discursos Sagrados do Rebbe Nachman escritos no final do livro Likutey Moharan)

Nota: Esse texto é de propriedade de Keren Rebbe Yisroel Odeser.NaNach.Net recebeu permissão do Rav Amram Horowitz para distribuir esse texto na Internet apenas para uso pessoal. Se você desejar imprimir esse texto para uso não pessoal, você terá que primeiro receber permissão do Rav Amram Horowitz.
Tradução em Português: SingerNaNach e Colaboradores

15.

Ouvi em seu nome que às vezes uma pessoa recebe pensamentos de arrependimento e anseio por D-us em um determinado lugar; e é importante que ela se fortifique nesse arrependimento e nessa busca e em específico naquele lugar, por exemplo, pronunciar algumas palavras de súplicas e pedidos de palavras de busca vindas do seu coração de acordo com o assunto a ela relevante e não esperar e não se mover daquele lugar, mesmo que aquele lugar não seja adequado para isto, por exemplo, um local não estabelecido para o estudo da Torah e Oração, talvez um lugar no meio de uma jornada ou coisa semelhante. Porque quando a pessoa deixa aquele lugar a inspiração poderá ser cortada. Assim, vimos com ele esse assunto por várias vezes. (Sichot Ra Ran, Artigo 124).
 

16.

Com respeito à citação dos Salmos, ele falou com uma pessoa e o disse que o ponto principal em recitar os Salmos é dirigir os versos a sua própria intenção. Ele explicou adiante que todas as guerras as quais o Rei Davi pediu a D-us para garanti-lo sucesso, uma pessoa deve interpretar tudo isso como se relacionada a sua própria luta interior com a inclinação para o mal e suas forças (como foi explicado acima no Artigo 9). E o homem o perguntou: Como a pessoa pode relacionar a si própria, as passagens nas quais o Rei Davi elogia a si próprio como “Guarde minha Alma porque sou um devoto (Salmos 86:2)” e em outras passagens? Ele o respondeu que até mesmo nesses casos, a pessoa precisa interpretar as passagens como se fosse ela mesma vivenciando tudo aquilo, porque a pessoa deve julgar-se favoravelmente e encontrar em si própria um mérito e um bom ponto, em qual ponto ele é devoto e assim por diante. E ele disse que a respeito de Yehoshephat, está escrito: “E ele levantou o seu coração nos caminhos de D-us (Divrei ha Yamin 17:6)”, isto é, no Serviço de D-us, ele era um pouco arrogante. E Rabi Nachman também disse: “Vemos que pela manhã a principio dizemos: “O que somos? O que é nossa vida? Etc., e severamente nos diminuímos. Mas em seguida dizemos: “Mas nós somos seu Povo, filhos do seu Convênio,”etc. Assim nos fortalecemos e pronunciamos nossa grandeza que somos as pessoas de D-us e filhos do Seu Convênio, a semente de Avraham, Yitzchak, e Ya´akov, etc. Porque assim é preciso se comportar no Serviço de D-us. Veja também em Likutay Moharan (Parte I, Capítulo 282), a respeito do que está escrito no verso “Cantarei a D-us com todo o meu ser (Salmos 104:33, e 142:6).” (Likutay Tinyana, Capítulo 125).

17.

É muito bom quando a pessoa derrama seu coração diante de D-us e implora sua piedade e misericórdia, como um filho diante de seu pai, porque D-us já nos chamou de filhos, como está escrito: “Vocês são filhos do Senhor, teu D-us (Devarim 14:1).” Assim é muito proveitoso expressar os nossos problemas diante de D-us como um filho que geme diante do seu Pai com movimentos que expressam graça e misericórdia e mesmo que isso pareça que de acordo com as suas ações ela não possa ser considerada um filho de D-us, apesar disso, D-us nos tem chamado de filhos como aparece em (Devarim 14:1)”. Assim é muito bom expressar os problemas diante de D-us como um filho que geme diante de seu pai com movimentos para provocar graça e misericórdia e mesmo que isso pareça para a pessoa que de acordo com suas ações ela não seja considerada um filho de D-us, apesar disso, D-us tem nos chamado de filhos como mencionado acima, porque, no entanto, se olhar para isto, somos chamados de filhos (Tratado Kiddushim, 36-A)”, portanto, é preciso fazer a sua parte para tornar-se Seu filho. E melhor ainda se puder despertar o seu coração com súplica até que derrame lágrimas como um filho diante de seu Pai (Sichot ha Ran, Artigo 7).
E veja no livro Alim Le Trufah (Carta 254), onde está escrito: “E vi no Midrash Rabbah em que é trazido o verso, “Ephraim é um filho precioso para mim, uma criança encantadora, pois toda hora que eu falo com ele, lembro-me ainda mais dele (Yirmiyah 31:19).Lá se encontra o comentário: “Que criança encantadora?Uma de dois anos, uma de três anos e de acordo com uma outra opinião, uma de quatro ou cinco anos de idade (comentário de Aitz Yosef).”E os comentaristas explicaram que com relação a idade de dois ou três anos – apesar de ser uma criança tão pequena que pode falar apenas metade das palavras formadas mesmo assim seu pai se deleita com sua fala e atende a seus pedidos.E de acordo com a opinião que era de quatro ou cinco anos de idade – a este ponto a fala da criança está completamente desenvolvida e ela pede a seu pai com a fala completa: Me dê esse ou aquele objeto,” e seu pai atende o seu pedido.E embora, a idéia não seja explicada por completo, esclareci o assunto mais adiante, pois na minha humildade, consegui muita inspiração disso para cumprir o conselho de Rabbeinu de como a pessoa deve se expressar diante de D-us todo dia. Pois louvado seja D-us que consegui um encorajamento enorme e a inspiração desse Midrash para cumprir isto. Já que é entendido da parábola que mesmo se uma pessoa não puder falar em absoluto a D-us ou expressar-se propriamente, mesmo assim, é precioso aos olhos de D-us, mesmo se uma pessoa falar dando dicas e discursos pela metade como uma criança de dois ou três anos de idade e às vezes D-us ajuda e a pessoa é capaz de falar palavras completas como uma criança de quatro ou cinco anos de idade. Portanto, as pessoas Judias são preciosas aos olhos de D-us quando elas falam e expressam as suas necessidades diante Dele e são descritas como “uma criança encantadora”. E também veja lá o que foi escrito no final da frase “pois cada vez que falo sobre ele”: É suficiente que eu fale sobre ele (IBID). È compreendido disso a imensa preciosidade do discurso e é impossível expressar isso completamente na escrita sendo necessário abreviar. No entanto, você poderá entender essas dicas disso e se fortalecer em fala e discussões com o seu Criador ajudando-lhe a crer que você pode agir assim. Embora na verdade, é com certeza falar numa linguagem adequada e clara, no entanto, quando não se pode falar propriamente, discurso simples e rudimentar é também precioso para D-us como o discurso de uma criança encantadora que tem dois ou três anos de idade; e entenda isso bem, para cumprir tudo isso simplesmente, pois é a sua vida eterna, porque é apenas possível passar por este mundo em paz fazendo uso do que escrevemos aqui , porque a nossa força está em nossos lábios, ou seja, naquilo que pronunciamos (Midrash Socher Tov 22:20).

18.

Quando uma pessoa está alegre durante todo o dia, então é mais fácil para ela devotar uma hora por dia para abrir o seu coração e falar o que está no seu coração para D-us, como temos dito por várias vezes. Mas quando uma pessoa entra em depressão, que D-us não permita tal coisa, é muito difícil fazer hitbodedut e a D-us se expressar (Sichot Ha Ran, Artigo 20).

19.

Um coração partido, quebrantado e depressão não são de forma alguma a mesma coisa, porque coração quebrantado está no coração, ao passo que a depressão vem do tchul, o qual vem do lado do mal e D-us odeia isto. Mas um coração quebrantado é amado por D-us e muito precioso aos seus olhos. E seria bom se a pessoa pudesse ter um coração assim o dia inteiro. Todavia, as pessoas no nível de hoje não são capazes de cumprir isto. Isso por que a pessoa pode ir de coração quebrantado à depressão facilmente, que D-us não permita, o que é totalmente proibido. Portanto, uma pessoa deve reservar um tempo cada dia, onde ela terá um coração quebrantado, isto é, fazer hitbodedut e derramar seu coração diante de D-us, mas ela deve ficar alegre no restante do dia (IBID, Artigo 41).

20.

A depressão é comparada a alguém que está com raiva ou irritada, como alguém que esteja a reclamar de tudo ou quase tudo com D-us, que o Céu não permita, como um bebê chorando e gritando no que Ele não cumpre a sua vontade (como se D-us não desse o que a pessoa quer, exige). Mas sim, se apresentar como um coração quebrantado pedindo ao seu Pai porque ele tem se retirado da Sua presença, assim o deve ser (IBID, Artigo 34).

21.

Depois de um coração quebrantado vem a alegria e este é o sinal de que alguém tinha um coração quebrantado quando ele posteriormente vem ao encontro da alegria.

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